sábado, 15 de março de 2014

Dia do Bibliotecário na UFCA: gestores de bibliotecas do Cariri se encontram para dialogar sobre os avanços e os desafios do profissional do século XXI

No dia 12 de março de 2014 é comemorado o dia do Bibliotecário em todo o território nacional. Nessa data, a Universidade Federal do Cariri promoveu um dia inteiro de debates, apresentações artísticas, terapias para celebrar a data.
No período da tarde, na mesa redonda de gestores de bibliotecas do Cariri, a fala da Coordenadora de Políticas Públicas do Livro e da Leitura, Anna Karine M. Lima, foi pautada no compromisso da gestão da prefeitura do Crato, através da Secretaria de Cultura, de garantir que a Lei 4.084 de 30 de junho 1962 (que versa sobre a necessidade de haver um bacharel em biblioteconomia para cada biblioteca) seja cumprida.
Na ocasião, foram apresentadas as ações que vem sendo desenvolvidas na gestão das bibliotecas da cidade do Crato como o projeto de Contação de Histórias, o Alpendre Literário, Biblioteca vais às ruas, Oficinas de fomento à Cultura, Jardim de Histórias e de como a biblioteca se transforma para acompanhar o crescimento e as necessidades do século XXI, através da aquisição através de doações de livros novos e da implementação do acervo numa rede de sistemas de software livre, o BibLivre. A Secretaria de Cultura do Crato compreende os espaços da Biblioteca como um centro cultural riquíssimo em saberes e possibilidades.


A Coordenadora de Políticas Públicas do Livro e da Leitura da cidade do Crato, 
Anna Karine M. Lima, apresentando as ações e propostas para da gestão 
de bibliotecas na cidade de Crato.


A Biblioteca Pública Municipal do Crato funciona de seg a sex das 08:00 às 19:00hs. Aos sábados, de 08:00 ao meio dia. As demais bibliotecas: • Biblioteca Comunitária Luiz Cruz, no bairro Alto da Penha • Biblioteca de Dom Quintino • Biblioteca de Santa Rosa (Em processo de construção/implantação) • Arca das Letras (Em processo de construção/implantação) • Biblioteca do CEU (Em processo de construção/implantação)


Da dir. para esq: Professora Cleide, Professor Alexandre, Prof. Davi e Prof. Débora

Professora Fanka Santos e a 'sacudida' sobre todos terem de sair de suas caixinhas compactadas

Professor Samuel

Professor João Bosco Dumont




Encontro de gestores de bibliotecas do Cariri

Apesar dos enormes desafios, é preciso encontrar soluções para a realização 
de ações e projetos. O profissional do século XXI deve se munir de todas as ferramentas possíveis, 
dentro e fora das esferas públicas.

Crédito das fotos: Comissão de Organização do Evento - UFCA

“Eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos.”

“Eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos.” Ametáfora é forte e só poderia ser construída dessa forma, em primeira pessoa, por alguém que viveu essa condição. Relatos como este foram descobertos no final da década de 1950 nos diários da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Moradora da favela do Canindé, zona norte de São Paulo, ela trabalhava como catadora e registrava o cotidiano da comunidade em cadernos que encontrava no lixo. O centenário de nascimento de uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil é comemorado hoje, 14.
Nascida em Sacramento (MG), Carolina mudou-se para a capital paulista em 1947, momento em que surgiam as primeiras favelas na cidade. Apesar do pouco estudo, tendo cursado apenas as séries iniciais do primário, ela reunia em casa mais de 20 cadernos com testemunhos sobre o cotidiano da favela, um dos quais deu origem ao livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960. Após o lançamento, seguiram-se três edições, com um total de 100 mil exemplares vendidos, tradução para 13 idiomas e vendas em mais de 40 países.

“É um documento [sobre o] que um sociólogo poderia fazer estudos profundos, interpretar, mas não teria condição de ir ao cerne do problema e ela teve, porque vivia a questão”, avalia Audálio Dantas, jornalista que descobriu a escritora em 1958. O encontro ocorreu quando o jornalista estava na comunidade para fazer uma reportagem sobre a favela do Canindé. “Pode-se dizer que essa foi a primeira [favela] que se aproximou do centro da cidade e isso constituía o fato novo”, relembrou. Ele conta que Carolina vivia procurando alguém para mostrar o seu trabalho.
Uma mulher briguenta que ameaçava os vizinhos com a promessa de registrar as discórdias em um livro. É assim que Audálio recorda Carolina nos primeiros encontros. “Qualquer coisa ela dizia: 'Estou escrevendo um livro e vou colocar vocês lá'. Isso lhe dava autoridade”, relatou. Ao ser convidado por ela para conhecer os cadernos, o jornalista se deparou com descrições de um cotidiano que ele não conseguiria reportar em sua escrita. “Achei que devia parar com a minha pesquisa, porque tinha quem contasse melhor do que eu. Ela tinha uma força, dava pra perceber na leitura de dez linhas, uma força descritiva, um talento incomum”, declarou.
Apesar de os cadernos conterem contos, poesias e romances, Audálio se deteve apenas em um diário, iniciado em 1955. Parte do material foi publicado em 1958, primeiramente, em uma edição do grupo Folha de S.Paulo e, no ano seguinte, na revista O Cruzeiro, inclusive com versão em espanhol. “Houve grande repercussão. A ideia do livro coincidiu com o interesse da Editora Francisco Alves”, relatou. O material, editado por Audálio, não precisou de correção. “Selecionei os trechos mais significativos. [O texto] foi mantido na sintaxe dela, na ortografia dela, tudo original”, apontou.
Entre descrições comuns do cotidiano, como acordar, buscar água, fazer o café, Audálio encontrou narrativas fortes que desvendavam a vida de uma mulher negra da periferia. “Ela conta que tinha um lixão perto da favela, onde ela ia catar coisas. Lá, ela soube que um menino, chamado Dinho, tinha encontrado um pedaço de carne estragada, comeu e morreu. Ela conta essa história sem comentário, praticamente. Isso tem uma força extraordinária”, exemplificou.
Para Carolina, a vida tinha cores, mas, normalmente, essa não é uma referência positiva. A fome, por exemplo, é amarela. Em um trecho do primeiro livro, a autora discorre sobre o momento em que passa fome. “Que efeito surpreendente faz a comida no nosso organismo! Eu que antes de comer via o céu, as árvores, as aves, tudo amarelo, depois que comi, tudo normalizou-se aos meus olhos.” Para Audálio, o depoimento ganha ainda mais importância por ser real. “Um escritor pode ficcionar isso, mas ela estava sentido”, disse.
Audálio relata que Carolina tinha muita confiança no próprio talento e já se considerava uma escritora, mesmo antes da publicação. “Quando o livro saiu, a alegria dela foi muito grande, mas era uma coisa esperada”, relatou. O sucesso da primeira publicação, no entanto, não se repetiu nos outros títulos. Após o sucesso de Quarto de Despejo, a Editora Francisco Alves encomendou mais uma obra, a partir dos diários escritos por ela quando já morava no bairro Alto de Santana, região de classe média. Surgiu então o Casa de Alvenaria (1961) que, segundo o jornalista Audálio Dantas, responsável pela edição do material, vendeu apenas 10 mil exemplares.
Audálio lembra que Carolina se considerava uma artista e tinha pretensões de enveredar por diferentes ramos artísticos. Um deles foi a música. Em 1961, ela lançou um disco com o mesmo título de seu primeiro livro. A escritora interpreta 12 canções de sua autoria, entre elas, O Pobre e o Rico. “Rico faz guerra, pobre não sabe por que. Pobre vai na guerra, tem que morrer. Pobre só pensa no arroz e no feijão. Pobre não envolve nos negócios da nação”, diz um trecho da canção.
Para o jornalista, a escritora foi consumida como um produto que despertava curiosidade, especialmente da classe média. “Costumo dizer que ela foi um objeto de consumo. Uma negra, favelada, semianalfabeta e que muita gente achava que era impossível que alguém daquela condição escrevesse aquele livro”, avaliou. Essa desconfiança, segundo Audálio, fez com que muitos críticos considerassem a obra uma fraude, cujo texto teria sido escrito por ele. “A discussão era que ela não era capaz ou, se escreveu, aquilo não era literatura”, recordou.
Carolina de Jesus publicou ainda o romance Pedaços de Fome e o livro Provérbios, ambos em 1963. De acordo com Audálio, todos esses títulos foram custeados por ela e não tiveram vendas significativas. Após a morte da escritora, em 1977, foram publicados o Diário de Bitita, com recordações da infância e da juventude; Um Brasil para Brasileiros (1982); Meu Estranho Diário; e Antologia Pessoal (1996).

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 11 de março de 2014

Dia do Bibliotecário

Dia 12, quarta-feira a partir das 7h30, a Universidade Federal do Cariri sediará o Dia do Bibliotecário. O evento será um dia de diálogos, descontração e haverá uma mesa-redonda onde a Coordenadoria de Políticas Públicas do Livro e da Leitura apresentará, juntamente com os demais gestores de Bibliotecas do Cariri, o que vem sendo desenvolvido nas biblioteca.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Biblioteca Pública Municipal do Crato é destaque no Jornal Diário do Nordeste - Cariri


O trabalho apresentada pela estagiária da Biblioteca Pública Municipal do Crato, Ana Lívia Mendes, tratou sobre relato de experiência onde foi exposta a relação entre a biblioteca, a educação ambiental, e o projeto contação de histórias. Diante disso, foi repensada a prática da contação de histórias, como sendo um subsídio no processo de aprendizagem e construção de um cidadão crítico e consciente.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Natal com muita leitura na Biblioteca Pública Municipal do Crato

Toda a equipe da Biblioteca Pública Municipal do Crato deseja ao povo cratense, dias vindouros de mais amor, mais fé, mais humanidade, mais alegrias e muitos muitos muitos livros lidos!